Contrariando previsões, IGP-M registra queda de preços em fevereiro

O resultado contraria a previsão divulgada em janeiro para o indicador, que previa crescimento de 0,22% nos preços. A instituição explica que isso aconteceu por conta dos índices considerados no cálculo do IGP-M — o índice de preços ao produtor amplo (IPA) e o índice de preços ao consumidor (IPC) —, que tiveram queda e deflação em fevereiro, respectivamente.

O índice de preços ao produtor amplo (IPA), considerado a inflação ao consumidor, caiu 0,20% em fevereiro e passou a acumular alta de apenas 0,42% nos 12 meses – o menor avanço desde março de 2018.

O índice de preços ao consumidor (IPC), por sua vez, teve deflação de 0,38% em fevereiro, após alta de 0,61% em janeiro. Cinco das oito classes de despesa apontaram desaceleração: o grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja variação média desacelerou de 2,04% para 0,46%; seguido pelos grupos Alimentação (0,61% para -0,01%), Transportes (0,60% para 0,19%), Vestuário (0,25% para 0,09%) e Comunicação (0,79% para 0,77%).

André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, acrescentou que os custos de construção também tiveram inflação mais baixa, diante do aumento mais discreto no preço da mão-de-obra.

Em contrapartida, os grupos Despesas Diversas (0,26% para 1,69%), Habitação (0,09% para 0,37%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,56% para 0,73%) registraram aceleração na alta de preços, com destaque para a aceleração da inflação de serviços bancários (0,15% para 2,61%), aluguel residencial (-0,74% para 1,03%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (0,32% para 0,82%).

O componente do IGP-M que mede o custo da construção (INCC) subiu 0,21% em fevereiro, ante 0,32% em janeiro.

Fonte: www.aecweb.com.br

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