Entidades declaram que a manutenção da Selic inibe recuperação da economia

A entidade afirma que a decisão é necessária para segurar a inflação — considerando que as expectativas de inflação estão acima do centro das metas, tanto para 2023 quanto para 2024. Entretanto, pede para que a redução comece o quanto antes.

“Há mais de um ano que a Selic se encontra em patamar alto o suficiente para inibir a atividade econômica e contribuir para a desaceleração da inflação. E a manutenção da taxa de juros vai intensificar essa desaceleração. Por isso, esperamos que o Copom inicie logo o processo de redução da Selic, para evitar custos adicionais à atividade econômica”, destacou o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, no comunicado.

O comunicado retrata, ainda, que a taxa real (representada pelos juros menos a inflação) está por volta de 7,5% ao ano — um dos maiores patamares mundiais. O resultado está 3,5% acima da taxa de juros neutra da economia, nível em que a atividade econômica não é estimulada, nem desestimulada. A CNI defende cautela na condução dos gastos públicos para evitar que a Selic permaneça em alto patamar.

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), por sua vez, concordou com a decisão do Banco Central de manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 13,75%, devido ao aumento das expectativas inflacionárias.

A entidade avalia “no entanto, que o elevado patamar da taxa de juros tem imposto enormes sacrifícios à atividade econômica. Os sinais de exaustão de importantes setores da economia brasileira estão cada vez mais fortes e com consequências diretas sobre a confiança dos empresários”.

A Firjan destaca que, em momento de grande volatilidade e incerteza global, a redução da taxa Selic depende de uma política fiscal crível e responsável. A federação reitera a necessidade urgente de concretização da agenda de reformas estruturais e de criação de um novo arcabouço fiscal que conduza o país para o equilíbrio das contas públicas. "Esse é o caminho para que a indústria nacional tenha competitividade suficiente para gerar emprego e renda, tornando o Brasil um país mais forte e competitivo”, informou a Firjan, em nota.

Fonte: www.aecweb.com.br

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