EUA retomam atividades na construção, mas custos preocupam

Segundo vice-presidente de entidade americana, preço da madeira dobrou nos últimos cinco meses. Escassez de terrenos e de mão de obra também atrapalha

17/11/2020 | 09:00 – A pandemia da Covid-19 teve impactos e consequências diferentes nos principais mercados da construção civil no Ocidente. Representantes de Estados Unidos, União Europeia e América Latina discutiram o tema em um painel virtual mediado pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) na última semana.

Nos Estados Unidos, o setor da construção voltou ao nível de atividades anterior ao início da crise sanitária, impulsionado pela migração do cidadão para cidades de menor densidade populacional. O relato é do vice-presidente de política habitacional da National Association of Home Builders (NAHB), Paul Emrath.

No entanto, o mercado de construção residencial enfrenta pressão nos custos decorrentes da escassez de terrenos e de mão de obra e de alguns materiais e ferramentas. Insumo importante na construção industrializada do país, a madeira dobrou de preço em cinco meses, relata Emrath.

Já na Europa, a pandemia deve impulsionar a construção de projetos sustentáveis. Isso porque, segundo o diretor-administrativo da Confederação da Associação Internacional de Empreiteiros (CICA), Roger Fiszelson, o financiamento de novos projetos de construção no âmbito dos programas de investimento públicos de recuperação econômica deve exigir o atendimento a requisitos de eficiência energética e redução no consumo de água.

O painel contou ainda com o vice-presidente da Federación Interamericana de la Industria de la Construcción (FIIC), Giuseppe Angelucci. Para ele, o setor da construção é o principal motor para recuperação da economia e geração de empregos na região, principalmente quando impulsionada pela união entre o Poder Público e as empresas de mercado por maior das Parcerias Público-Privadas (PPPs).

(Com informações da CBIC)


Fonte: aecweb.com.br

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