Juros altos preocupam setor da construção civil

De acordo com o Jornal da Globo, a performance da construção civil nos últimos anos ilustra a afirmação. Isso porque, de 2014 a 2020, seu desempenho econômico registrou queda de quase 30% — e, apesar de uma ligeira recuperação no segundo semestre de 2021 em diante, o crédito imobiliário (um dos principais indicadores do setor) permaneceu apresentando recuo.

Em entrevista ao noticiário, a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, explicou que, mesmo com o crescimento no número de novos imóveis comercializados no ano passado, que utilizavam recursos do FGTS, o setor é extremamente dependente de uma maior procura por crédito imobiliário.

Ela conta que os recursos do SBPE, da caderneta de poupança, sofrem a influência direta das taxas de crédito da economia. Hoje, a taxa no SBPE está em torno de 10,5%, inferior à CBIC, mas superior ao que era antes da pandemia.

Para este ano, ainda segundo a CBIC, a expectativa inicial é de crescimento do setor, de cerca de 2,5%. Para justificar a previsão, a instituição afirma que o desempenho acontecerá em função dos imóveis que já foram vendidos e lançados nos últimos dois anos.

Segundo Vasconcelos, a grande preocupação agora são as fontes de receita para a construção de novas unidades. A economista alerta que, para esse ciclo de avanços continuar, é preciso lançar novos empreendimentos para a venda. Contudo, o patamar de taxa de juros atual pode impor dificuldade para viabilizar os lançamentos, levando à consequente redução de vendas e menor geração de empregos.

Fonte: www.aecweb.com.br

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