Setor financeiro é o queridinho entre as gestoras no Brasil, diz BTG

O setor financeiro é o queridinho do momento entre as gestoras que investem em ações brasileiras. Em seguida aparecem no ranking de preferências, os segmentos de metais e mineração, saúde e utilities – grupo que reúne empresas de água, saneamento e energia. Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada pelo banco BTG Pactual (controlado pelos mesmos sócios da EXAME) com 100 gestores, de acordo com relatório escrito pelos analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi e divulgado nesta segunda-feira.

Já os setores aéreo e de construção civil cujo foco são unidades residenciais estão no fim da lista de predileção dos especialistas.

Setores queridinhos dos gestores 

SetorVotos*Setor financeiro50Metais e mineração37Saúde35Utilities**34Tecnologia24Agronegócio22Alimentos e bebidas22Varejo20Infraestrutura14Aluguel de veículos12Petróleo12

* Podiam votar em mais de um setor

** Água, saneamento e energia

Fonte: BTG Pactual

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Apesar da queda de 32% do Ibovespa no ano, os brasileiros continuam investindo em renda variável. O levantamento mostra que 30% dos fundos pesquisados tiveram captação líquida (ou seja, entrada de dinheiro novo) em março contra apenas 13% que registraram resgates líquidos. No entanto, a maior parte dos investidores não mexeu em suas posições, por isso 45% dos fundos mantiveram seu patrimônio estável.

Em termos de alocação de recursos, 54% disseram que a maior parte do dinheiro está investido e têm até 10% de caixa. Já os mais pessimistas (17%) têm mais de 30% do dinheiro em caixa.

Entre as ações favoritas, aparecem as da mineradora Vale, seguidas pelos papéis da varejista Magazine Luiza e do Bradesco.

 

Ações favoritas dos gestoresEmpresaCódigoVotos*Vale VALE3 40Magazine Luiza MGLU3 15Bradesco BBDC4 12JBS JBSS3 12Equatorial EQTL3 12Itaú ITUB4 9Natura NTCO3 9Banco do Brasil BBAS3 8Suzano SUZB3 8Rumo RAIL3 7

* Podiam votar em mais de uma empresa

Fonte: BTG Pactual

Macroeconomia

Quase 40% dos entrevistados esperam uma queda do produto interno bruto (PIB) em 2020 superior a 5%, enquanto 57% projetam uma contração que varia de 2% a 5%. O debate sobre cortes na taxa Selic continua sendo um dos mais acalorados. A maioria dos entrevistados (56%) espera que a Selic termine o ano entre 3% e 4% (agora está em 3,75% ao ano), enquanto 32% preveem uma taxa entre 2% e 3%. Apenas  9% acreditam que os juros poderiam ser menores do que 2%.

Quando se trata de antecipar o patamar do câmbio no fim do ano, não há consenso. A maioria (39%) espera que o dólar termine entre 5 e 5,20 reais, enquanto 29% dos gestores esperam que fique entre 5,20 e 5,50 reais (hoje está cotado a 5,29 reais). Outros acham que poderia ficar ainda mais fraco e negociar acima de 5,50 reais (13%).

Já no que se refere a reformas políticas, a maioria dos entrevistados (40%) não espera aprovações neste ano, enquanto 38% acreditam que as três propostas de emenda constitucional em discussão no Congresso destinadas a consolidar as contas fiscais serão aprovadas em 2020. Outros 13% esperam que a reforma administrativa possa ser aprovada ainda neste ano.

Fonte: exame.abril.com.br

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